Fim de semana de visitas gratuitas atraiu elevado número de pessoas interessadas em conhecer os 42 espaços abertos no Porto, Gaia e Matosinhos.
Durante dois dias, três cidades, 42 espaços, com cinco tipologias, 38 especialistas e uma centena de voluntários mostraram ao público a arquitetura do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos na primeira edição do Open House Porto.
Criado em 1992 por Victoria Thornton, o Open House nasceu em Londres com o objetivo primordial de promoção da arquitetura e património edificado, através de visitas guiadas gratuitas.
Ao longo dos anos, esta iniciativa original estendeu-se a outras cidades do mundo como Nova Iorque, Barcelona, Roma, Buenos Aires, Lisboa, chegando agora ao Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, numa edição de carácter metropolitano organizada pela Trienal de Arquitetura de Lisboa, Casa da Arquitetura e os três municípios da Frente Atlântica.
O roteiro do Open House procurou conjugar referências da cultura nacional e pequenas intervenções privadas, desde edifícios históricos até ícones premiados da arquitetura portuguesa premiada.
Ao longo do fim-de-semana, foi possível visitar 42 espaços de diferentes tipologias, como o Terminal de Cruzeiros, a Torre do Burgo, a Torre dos 24, a Casa da Música, a Piscina das Marés, a Casa de Chá da Boa Nova, a Refinaria da Petrogal, a estação de metro Campo 24 de agosto, o Bairro da Bouça, o Funicular dos Guindais, o terraço do Edifício dos Paços do Concelho do Porto, a Casa do Conto, entre outros locais.
Em Matosinhos, houve visitas gratuitas, livres ou guiadas, à Casa de Chá da Boa Nova, ao farol da Boa Nova, à refinaria de Leça da Palmeira, à Piscina das Marés, ao novo terminal de cruzeiros do Porto de Leixões, ao Posto de Turismo de Matosinhos, à Casa da Arquitectura e à sede da empresa Estratégia Urbana.
O presidente da Autarquia, Guilherme Pinto, fez questão de acompanhar uma das três visitas possíveis ao Terminal de Cruzeiros, que decorreu no sábado de manhã. Refira-se que, dado a natureza do espaço, foram apenas organizadas três visitas, sujeitas a inscrição prévia, e com lotação máxima de 20 pessoas, sendo uma delas uma visita comentada pelo Arqº Luis Pedro Silva.
O farol da Boa Nova, em Leça da Palmeira, foi um dos locais a visitar no concelho de Matosinhos e também um dos mais procurados. Inaugurado em 1927, com 46 metros de altura, é o segundo maior de Portugal e o primeiro a ter uma lanterna elétrica na zona norte do país.
Esta primeira edição do Open House Porto terminou com grande sucesso.
O encerramento foi assinalado com numa Sunset Party nos Claustros da Quinta da Conceição, em Leça da Palmeira, com a presença de muitos voluntários, arquitetos e membros da organização do Open House.
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Fotos de Gilson Fernandes - ACA
