“Vai dar Banho ao Cão”

Grande expectativa na cidade. Está a chegar o comboio com o elenco do espectáculo.

Os artistas entram com pompa e circunstância e começam as desavenças e tricas entre as vedetas.

Ameaçado pelo descrédito e pela ruína, o produtor aceita a sugestão do fiel do teatro para que escolha um novo elenco entre o público, já que a história será mais verdadeira se for contada pelo coração.

Vindos da plateia os “anónimos” espectadores preparam-se para o início do espectáculo. As luzes apagam-se, o pano sobe e o palco enche-se de brilho.

Numa região onde o granito é omnipresente nas casas, monumentos e na calçada, fazemos uma viagem no tempo ao princípio dos princípios, para encontrar o momento exacto em se molda o carácter do “homo-tripeirus”. Muito ao jeito dos “Flinstones” a cena decorre em plena idade da pedra onde as expressões e comportamentos dos nossos antepassados sugerem um qualquer bairro típico.

A fundação da nacionalidade, o nascimento do Infante D. Henrique, o desastre da ponte das Barcas, as lutas liberais, a revolta dos vinhateiros e o 31 de Janeiro são pontos de passagem obrigatórios no espectáculo sem esquecer, obviamente, o vinho do Porto, que dos socalcos do Douro, descia em barcos Rabelos até ao cais de Gaia.

As estátuas dos heróis, homens das artes e das letras que povoam os jardins ganham vida para contar histórias da nossa história mas ao lado dos ilustres também o povo anónimo contribuiu decisivamente para erguer uma identidade única, sem esquecer as figuras, figurinhas e figurões que povoam o nosso imaginário como as costureirinhas, o Carlinhos da Sé e tantas outras têm lugar marcado na rusga que fecha o espectáculo.

 

Preço dos bilhetes: 7,5€