
30 Mar '07
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2007-03-30 00:00:00
2007-03-30 00:00:00
Europe/Lisbon
Salve a Língua de Camões
Museu da Quinta de Santiago
Horário:
21h30
Local:
Museu da Quinta de Santiago
Arquivo
Uma iniciativa que envolve cinco países da lusofonia
Peça “Andaime ”de Sérgio Roveri .
Salve a Língua de Camões é uma iniciativa cujo intercâmbio de textos de dramaturgos têm em comum a realização de leituras encenadas em Língua Portuguesa. A 1ª e 2ª edição deste projecto, em 2005 e 2006, decorreu no Museu da Quinta de Santiago, estrutura museológica tutelada pela autarquia, parceira deste projecto. Dos dois parceiros internacionais, Brasil e Cabo Verde, passamos este ano para cinco com Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe.
Entretanto, pelos outros cantos do mundo, contámos no dia 15 deste mês com a apresentação do texto de Jarbas Capusso Filho “O Céu é cheio de uivos, latidos e fúria”, pela Companhia Mindelact, na cidade de Mindelo, Cabo Verde.
Esta segunda viagem é feita pelas palavras do jornalista e dramaturgo paulista Sérgio Roveri, recentemente premiado em dramaturgia pela FUNARTE. O autor estará online para apresentar o seu texto ao público, no início da sessão, pelas 21h30.
“ Andaime nasceu antes como uma imagem do que como uma história.
Por várias semanas, sem ter idéia de quem seriam Mário e Claudionor, fiquei pensando em uma história em que os personagens não tivessem os pés no chão – mais ou menos como todos nós, nestes tempos esquisitos. A cena inicial era esta: dado o terceiro sinal, lá estariam eles, pairando alguns metros acima do nosso cotidiano. E, por isso mesmo, em uma posição privilegiada não só para nos observar, mas para opinar sobre tudo, desperdiçar verdades ao vento e filosofar, filosofar muito sobre o que eles acreditavam ser a vida, ainda que de um jeito muito particular. Com tudo isso em mente, a solução pareceu lógica: eles seriam limpadores de janelas, aquartelados lá em cima, em um pequeno andaime, dois homens a quem a cidade, incapaz de dar conta de sua própria rotina no nível do chão, se encarregou de tornar invisíveis.
O texto foi nascendo devagar – em parte pelo cuidado em criar para eles um mundo verossímil, em parte porque eu, sinceramente, não tinha pressa em trazê-los para a calçada. A vida, observada a partir da perspectiva deles, me parecia bem mais divertida.
Agora que Mário e Claudionor já estão lá em cima, chegou a hora de compartilhar com vocês meu presente.
Meu muito obrigado a todos.”
Sérgio Roveri
Por várias semanas, sem ter idéia de quem seriam Mário e Claudionor, fiquei pensando em uma história em que os personagens não tivessem os pés no chão – mais ou menos como todos nós, nestes tempos esquisitos. A cena inicial era esta: dado o terceiro sinal, lá estariam eles, pairando alguns metros acima do nosso cotidiano. E, por isso mesmo, em uma posição privilegiada não só para nos observar, mas para opinar sobre tudo, desperdiçar verdades ao vento e filosofar, filosofar muito sobre o que eles acreditavam ser a vida, ainda que de um jeito muito particular. Com tudo isso em mente, a solução pareceu lógica: eles seriam limpadores de janelas, aquartelados lá em cima, em um pequeno andaime, dois homens a quem a cidade, incapaz de dar conta de sua própria rotina no nível do chão, se encarregou de tornar invisíveis.
O texto foi nascendo devagar – em parte pelo cuidado em criar para eles um mundo verossímil, em parte porque eu, sinceramente, não tinha pressa em trazê-los para a calçada. A vida, observada a partir da perspectiva deles, me parecia bem mais divertida.
Agora que Mário e Claudionor já estão lá em cima, chegou a hora de compartilhar com vocês meu presente.
Meu muito obrigado a todos.”
Sérgio Roveri
Venha ao Museu. Hoje, o Brasil fica mais perto.
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Ficha Artística:
Interpretação de: William Gavião, Sérgio Fabela.
Direcção da Leitura: William Gavião
Cenários: Patrícia Esteves / Som: Fernando Rocha/ Fotografia: Francisco Saraiva
Produção e realização: Cair-te e Teatro Reactor
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Ficha Artística:
Interpretação de: William Gavião, Sérgio Fabela.
Direcção da Leitura: William Gavião
Cenários: Patrícia Esteves / Som: Fernando Rocha/ Fotografia: Francisco Saraiva
Produção e realização: Cair-te e Teatro Reactor
Conteúdo atualizado em2019/03/0612:06