
Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância
Em 1989, Bonnie Finney, uma avó norte-americana, amarrou uma fita azul à antena do seu carro, em homenagem aos seus netos, vítimas de maus-tratos. Com este gesto quis “fazer com que as pessoas se questionassem”, quisessem saber as razões por detrás do gesto para, assim, contar a sua história.
A história que esta avó contou aos elementos da sua comunidade foi trágica, ambos os seus netos haviam sofrido maus-tratos reiterados às mãos da mãe (filha de Bonnie) e do seu namorado, acabando um deles por falecer, vítima de um espancamento brutal.
Questionada quanto à escolha pela cor azul, Bonnie refere que, ainda que considere o azul uma cor bonita, é a cor que lhe permite não esquecer o corpo dos seus netos cobertos de nódoas provocadas por lesões.
Apesar de esta campanha ter começado como homenagem da avó aos netos, a repercussão da sua iniciativa foi de tal forma que abril se instituiu como o Mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância, tendo como imagem de marca o laço azul. Muitos são os países que, atualmente, utilizam laços/fitas azuis em memória dos que morreram ou das vítimas de todas as formas de abuso infantil mas, também, como forma de apoiar as famílias e fortalecer, na sociedade, os esforços necessários para a prevenção e para o combate a todos os tipos de maus-tratos inflingidos a crianças e/ou jovens.
Serei o que me deres... que seja amor é o apelo nacional ao incentivo dos comportamentos parentais positivos e ao fim dos maus-tratos infantis.
No contexto pandémico vivido atualmente, torna-se ainda mais relevante a sensibilização, a conscencialização e a familiarização de toda a comunidade para a problemática dos maus-tratos na infância. As crianças e os jovens podem ser vítimas silenciosas da pandemia, uma vez que o encerramento dos estabelecimentos de ensino tem um impacto direto no acesso a uma educação de qualidade e contribuir para o aumento do seu isolamento. Este isolamento poderá potenciar o risco de abuso, a violência, a ansiedade e o medo do desconhecido que vivem, que sentem. A perda de rendimentos das respetivas famílias afeta inúmeros aspetos de vida das crianças e dos jovens e poderá acentuar desigualdades sociais. Cabe à sociedade, no geral, estar atenta aos sinais de alerta.
Durante o mês de abril, recorra às redes sociais para promover esta campanha.
Utilize a hashtag #quesejaamor e ajude a divulgar a sensibilização e conscencialização para a problemática dos maus-tratos na infância.
Use, durante o mês de abril, um laço azul na sua lapela para que todos o questionem, tal como questionaram a avó Bonnie.
Se suspeita que alguma criança ou jovem se encontra em alguma situação de perigo, SINALIZE!
Ao nível das Entidades com Competência em Matéria de Infância e Juventude, procure os serviços de saúde. Os profissionais poderão ajudar, encaminhando a situação para o Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco ou para os Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco do Agrupamento de Centros de Saúde de Matosinhos.
Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco
nhacjr@ulsm.min-saude.pt
Núcleos Apoio a Crianças e Jovens em Risco do ACES de Matosinhos
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Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco de Leça da Palmeira
nacjr.lecapalmeira@ulsm.min-saude.pt -
Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco de Matosinhos
nacjr.matosinhos@ulsm.min-saude.pt -
Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco de São Mamede Infesta
nacjr.smamedeinfesta@ulsm.min-saude.pt -
Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco de Senhora da Hora
nacjr.senhorahora@ulsm.min-saude.pt
SINALIZE!
A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Matosinhos mantém o seu funcionamento normal.
- Na Rua Brito Capelo, n.º 223, Centro Comercial Antiga Câmara, Loja 31/32, 4450-073 Matosinhos.
- Pode contactar, ainda, pelo telefone – 22 93 92 500/01; Fax: 22 93 92 519 ou Email: cpcj.matosinhos@cnpdpcj.pt
SINALIZE!
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Linha Crianças em Perigo
Através do número: 96 123 11 11
