Sessão dupla de leitura encenada no Museu da Quinta de Santiago
O Espaço Irene Vilar, no Museu da Quinta de Santiago, em Leça da Palmeira, recebeu na passada sexta-feira, mais uma sessão dupla de leitura encenada, inserida no Ciclo “Salvé a Língua de Camões”, um projeto que resulta de uma parceria da Câmara Municipal de Matosinhos com a Companhia de Teatro Reactor e que tem como objetivo a defesa e difusão da Língua Portuguesa, através de leituras dramatizadas de autores e poetas novos e consagrados da literatura portuguesa e lusófona.
Lisa Reis foi a autora escolhida para mais uma edição do Salvé a Língua de Camões. Atriz e dramaturga cabo-verdiana, Lisa Reis foi vencedora do concurso nacional de dramaturgia - Prémio Camões, do Centro Cultural Português, em 2017, com a peça “TUDOJUNTO SE PARADO” que foi impressa em livro e encenado.
Este foi, aliás, um dos textos escolhidos para o serão de sexta-feira. TUDOJUNTO SEPA RADO contou-nos a história de uma jovem mulher vítima de xenofobia e racismo. De uma Drag queen vítima de violência e de uma criança vítima de homofobia. Da mesma autora, foi também apresentado VEM A MIM, um texto do número 0 da revista Sénika, dedicada ao teatro cabo-verdiano, pela associação Mindelact, responsável por um dos festivais mais importantes de teatro do mundo, realizado no Mindelo. O texto narra o embate entre um mendigo e uma criança, com visões de mundo que se confrontam e mudanças de ângulo na narrativa que surpreendem o espetador.
Com direção de leitura de William Gavião e direção artística de Manuela Gavião, a leitura do texto contou com a interpretação dos atores André Magalhães, Manuel Franco e Fátima Maganinho.
Recorde-se que o ciclo Salvé a Língua de Camões regressa já ao Museu da Quinta de Santiago no dia 28 de agosto com “Os Dias de Birgitt”, da autoria de Mário Lúcio de Sousa (Cabo Verde), como habitualmente, pelas 21h30.
Fotografia: Francisco Magalhães / Edição de Imagem: Adarsha Gavião
